Transportadoras com alta inadimplência: causas, impactos e como reduzir o problema com processos e tecnologia

A inadimplência é uma das maiores dores das transportadoras brasileiras — e, nos últimos anos, tornou-se um fator decisivo para a sobrevivência financeira das operações. Segundo dados do Serasa Experian, o setor de transportes está entre os que mais sofrem com atrasos e calotes, especialmente por depender de repasses de embarcadores, altos custos fixos e margens apertadas.

 

Neste artigo você vai entender:

 

  • Por que a inadimplência cresceu nas transportadoras
  • Quais são os principais sinais de alerta
  • Como estruturar processos financeiros para reduzir o problema
  • Como a tecnologia ajuda na previsibilidade e controle de recebíveis
  • Vamos ao ponto.

 

  1. Por que a inadimplência é tão alta no setor de transporte?

 

A logística envolve diversos intermediários, prazos longos e alta complexidade fiscal. E isso cria um ambiente em que faturas atrasadas se tornam comuns — especialmente para pequenas e médias transportadoras.

 

Principais motivos:

  • Prazos longos de pagamento (30, 45 ou até 90 dias).
  • Falta de controle financeiro centralizado.
  • Ausência de conferência de frete x impostos (CT-e, MDF-e, pedágios, GRIS etc.).
  • Entrada de clientes sem análise de crédito.
  • Fluxo de caixa desorganizado.

 

Além disso, muitos embarcadores só liberam pagamentos após conferência documental rigorosa. Qualquer divergência em notas, documentos fiscais ou comprovantes pode travar o recebimento.

 

  1. Os impactos da inadimplência na rotina da transportadora

 

A alta inadimplência afeta toda a operação — e não apenas o financeiro.

 

🔥 Impactos diretos:

  • Falta de capital para pagar motoristas, combustível e manutenção.
  • Aumento do custo do diesel por compras emergenciais.
  • Necessidade de crédito bancário (taxas altas).
  • Redução da capacidade operacional.
  • Perda de competitividade no mercado.

 

E o pior: a inadimplência gera efeito cascata, impactando o planejamento tributário, a emissão de documentos fiscais e o fluxo de caixa estratégico.

 

  1. Sinais de que a transportadora está prestes a enfrentar um ciclo de inadimplência:
  • Alguns sintomas aparecem muito antes do problema explodir:
  • Falta de conciliação entre frete contratado x frete recebido
  • Atrasos para pagar diesel e manutenção
  • Dependência de crédito rotativo
  • Pagamentos emergenciais fora do planejamento
  • Falta de indicadores financeiros
  • Se esses sinais são parte da sua rotina, acenda o alerta.

 

  1. Como reduzir inadimplência com processos inteligentes?

 

A seguir, boas práticas usadas pelas transportadoras mais eficientes:

 

  1. a) Tenha controle financeiro integrado:

Planilhas não dão conta de controlar dezenas ou centenas de viagens.

 

O ideal é adotar um sistema que centralize:

  1. Contas a receber
  2. Contas a pagar
  3. Conferência de frete mínimo
  4. Emissão fiscal (CT-e, MDF-e)
  5. Relatórios de inadimplência por cliente

 

Essa visão integrada permite identificar atrasos rapidamente e agir antes que o fluxo de caixa seja comprometido.

 

  1. b) Crie uma política de crédito

 

Antes de operar com qualquer embarcador, avalie:

  1. Histórico de pagamento
  2. Tempo médio de repasse
  3. Limite de crédito
  4. Volume mensal aceitável
  5. Transportadoras maduras não operam sem política de crédito.

 

  1. c) Automatize cobranças e lembretes

Cobrança manual gera atrasos, esquecimento e falta de padrão.

 

A automatização permite:

  1. Envio automático de boletos
  2. Alertas antes e após vencimento
  3. Histórico organizado por cliente
  4. Relatórios de inadimplência

 

  1. d) Conferência fiscal sem erros

Grande parte dos atrasos ocorre por falhas em:

  1. CT-e
  2. MDF-e
  3. Pedágio
  4. Adicional de seguro
  5. Vale-pedágio eletrônico
  6. GNRE
  7. Documentos inconsistentes geram glosas e devoluções.
  8. Ter uma plataforma que integra financeiro e fiscal reduz muito esse risco.

 

  1. Como a tecnologia reduz a inadimplência de forma prática

 

Hoje, transportadoras que usam TMS completo conseguem reduzir até 40% da inadimplência ao padronizar processos.

 

Um bom TMS oferece:

  1. Conciliação automática de recebíveis
  2.  
  3. Conferência de frete e impostos
  4. Alertas de atraso
  5. Relatórios por cliente, rota e período
  6. Controle de jornada e diesel (que impactam os custos do frete)

 

Ou seja: não existe previsibilidade sem tecnologia.

 

A inadimplência não é apenas um problema financeiro — ela compromete a operação inteira.

Mas, com processos claros, análise de crédito, conferência fiscal e tecnologia integrada, é possível reduzir atrasos, aumentar previsibilidade e operar com margens mais saudáveis.

 

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Fontes e referências:

 

Serasa Experian — Indicadores de inadimplência 2024

ANTT — Regulamentações e obrigações do transporte

Portal Gov.br — Documentos fiscais eletrônicos

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